Desde agosto do ano passado, a Corregedoria da Polícia Militar passou a investigar 173 homens e já expulsou 67, o equivalente a um PM fora da corporação a cada dois dias. Há cinco meses sob o comando do coronel Waldyr Soares Filho, o setor pretende tornar-se mais atuante e eficiente. "O desafio é transformar a Corregedoria em órgão de investigação e não apenas de formalização de procedimentos. Isso já vinha sendo feito, mas precisamos melhorar", disse o coronel Waldyr. Atualmente, há 69 praças em processo de Conselho de Disciplina e 16 oficiais em Conselho de Justificação. Outros 13 estão em averiguação e 39 estão em sindicâncias, processos internos para apurar desvios considerados de menor gravidade, e que não resultam em expulsão. Dentre os expulsos, nenhum era oficial. "O processo do oficial é mais demorado. Após o encerramento pela Corregedoria, vai para a Secretaria de Segurança e depois para a Justiça", justificou o coronel. Pelo menos seis dos praças expulsos tinham envolvimento com a máfia do jogo do bicho ou caça-níqueis. Entre os oficiais em processo de expulsão estão o coronel Cláudio Oliveira, acusado da morte da juíza Patrícia Acioli, e o capitão Luiz Piedade, acusado de receber propina e até presentear traficante enquanto comandava a UPP do morro São Carlos, no Estádio. Piedade pode ter seu processo de expulsão concluído pela corregedoria da PM ainda este mês.
- Com essa fiscalização, haverá menos desvios de conduta.
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