Presidente nacional da sigla afirmou que partido ainda não tem indicados.
Ele deixou o ministério em 2011 em meio a acusações de irregularidades.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse nesta segunda-feira (30) que deve se reunir na próxima semana com a presidente Dilma Rousseff para definir o novo titular do Ministério do Trabalho. Lupi participa de reunião do Diretório Nacional do PDT, em Brasília.
“O partido decidiu que vai apoiar [o governo] independentemente de cargos, mas o governo manifestou que quer o PDT no Ministério do Trabalho, então acho que [o encontro] vai ser na semana que vem, antes do carnaval”, disse Lupi. “A partir do momento que o governo chamar, vamos lá conversar”, afirmou.
Lupi reassumiu em 9 de janeiro a presidência do PDT, pouco mais de um mês depois de ter deixado o comando do Ministério do Trabalho, em meio a denúncias de irregularidades na pasta. Desde que Lupi deixou o cargo, Paulo Roberto Santos Pinto responde interinamente pelo ministério. O presidente do PDT disse que o partido formou uma comissão para negociar a indicação de um novo nome para a pasta do Trabalho. Fazem dela os deputados André Figueiredo (CE), Brizola Neto (RJ), Giovanni Queiroz (PA), o senador Acir Gurgacz (RO) e o secretário-geral, Manoel Dias.
Segundo Lupi, a sigla ainda não escolheu um nome para apresentar à presidente. “A decisão é dela [Dilma], depende mais do perfil que a presidente queira do que da nossa vontade”, afirmou. Ainda disse que é pouco provável que o partido indique nome técnico para a pasta.
Lupi afirmou que ainda ama a presidente e que não terá “nenhum constrangimento” em encontrar-se com ela para tratar de cargos no Ministério do Trabalho. “Eu amo todos vocês [jornalistas], inclusive a presidente”.
No auge das denúncias de irregularidades na pasta, Lupi fez uma declaração de amor à presidente Dilma. “Presidente, desculpe se eu fui agressivo, não foi minha intenção, eu te amo. (...) Como vou desafiar a presidente Dilma? Eu a conheço há 30 anos. Não é cargo que nos guia na vida, é a causa”, disse Lupi, durante depoimento na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados.
Protesto
Durante a reunião realizada nesta segunda, sete membros do diretório nacional, entre eles o ex-deputado Vivaldo Barbosa, distribuíram um documento pedindo o afastamento de Lupi e a realização de eleições diretas em 15 de abril para a escolha de um novo presidente nacional do partido.
Reeleito no ano passado para presidir a legenda, Lupi tem mandato até março de 2013. “Tem gente que não gosta da gente, faz parte, é a democracia”, afirmou Lupi, que disse ainda ter “condições totais de estar à frente do partido”.
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